eu afasto as suas costelas e
descarto os ossos
como fossem figurinhas
e abro o seu coração
dou nós às ramificações
penso: não
não vou fazer isso, não
mas não há nada tão lindo nesse
mundo
como quando como
você
então afasto os ossos
rasgo a carne
rompo essa loucura descompasso maior
só pra poder te costurar
em nós
e depois
entre as linhas
panos, sangue
nos despediremos da carne
nós seremos
colcha de retalhos.
no infinito das estradas que ligam o passado ao futuro l contato: reginilda12@gmail.com
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
sábado, 3 de agosto de 2013
mãe terra
seu corpo finda em raízes
sempre.
a gente olha e procura
os pássaros, as margaridas
e tudo acaba em raiz, nó, recomeço.
não tem problema
só correria na floresta
os índios montados em seus cavalos
com suas lanças, caras pintadas
e todos os animais
correndo sempre no mesmo círculo
como se o mundo estivesse
des
c
e
n
d
o
pelo ralo.
ainda bem que nós
estamos grudados
nalguma coisa
e morremos, morremos
lenta e infinitamente
juntos.
sempre.
a gente olha e procura
os pássaros, as margaridas
e tudo acaba em raiz, nó, recomeço.
não tem problema
só correria na floresta
os índios montados em seus cavalos
com suas lanças, caras pintadas
e todos os animais
correndo sempre no mesmo círculo
como se o mundo estivesse
des
c
e
n
d
o
pelo ralo.
ainda bem que nós
estamos grudados
nalguma coisa
e morremos, morremos
lenta e infinitamente
juntos.
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