A sala estava repleta
de pessoas
vazias
E seus violões,
sim.
Seus violões,
apoiados em seus joelhos machucados,
sempre com os mesmos acordes
incansáveis tons
que nunca acabam nada
além de corações apaixonados.
E, mesmo assim,
a menina voltava à sua procura.
Despedaçada,
todos os dias,
todas as horas,
à sua busca.
O via em todos os letreiros
Seus olhos estavam refletidos
no espelho de seu quarto
e ela nada conseguia ouvir
apenas sua voz
que sempre ecoava
nas paredes ocas de seu coração
Todavia,
ela sabia,
mais que ninguém
que ele era o único que ocuparia esse espaço
O espaço de outra pessoa.
(Escrito em janeiro/2013)
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