Descalça, ando pela rua molhada
meu peito já sujo pela noite.
Não há mais ninguém como eu
o tim-tim das garrafas
cacos pelo chão
gritos saídos de bocas apodrecidas
homens perdidos.
Mais parece uma estufa
o vapor e a escuridão se unem atrás de mim
corro o mais rápido que consigo
não basta.
Estou perdida
é uma vida sem fim
olho para todos os lados
ele já está aqui
vamos lá, beibe,
venha até aqui!
Dedos percorrem caminhos mapiados
a frieza dos dentes
a força das unhas.
Grito
e ele não sai
de mim.
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