e não apenas corpos
corpos comuns, humanos
nus, reais, inteiros.
Corpos somados na balança
seriam muito mais
que pedras no caminho.
Ombros, cicatrizes de paixões
coisas nunca curadas
peles juntas, carnes brancas
entranhas, juntas, secreções
calos, visão turva, pelos eriçados
unhas que arranham.
Empilhados,
pareciam tão reais
tão vivos
como se fossem durar
uma eternidade.
Eram tão lindos
eles, lá
diante de mim
com tantos órgãos escondidos
mesmo tempo, expostos
fazendo convites
lembrando-me de coisas que já aconteceram
que não podem mais acontecer
que poderiam ter acontecido.
Não, eu não quero mais, não
saiam de perto de mim, corpos
eu não posso
não
não
eu jurei
não, não
eu não posso
eu
não
posso...
eu, eu
eu, sim.
Eu.
Sou costurada em retalhos.
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