Há muitos e muitos anos atrás, quando a falta de edifícios
gigantescos ainda permitia que víssemos o céu; em épocas em que o inverno
durava séculos e o verão passava mais depressa que um trem-bala; em terras
remotas e muito floridas, viviam aliens e coelhos, em uma infinita harmonia.
Vocês devem estar pensando: ‘’Ora, mas como é que ALIENS e
COELHOS viviam em paz?’’, estou certa?! Pois que fiquem por isso mesmo. Essa história
é minha, e minha imaginação é lei.
Mas, voltando às descrições...
Os coelhos e os aliens viviam muito bem, já que a natureza
dava tudo o que eles precisavam pra esbanjar e sambar na cara da pobreza dos
mundos alheios.
Era um planetazinho muito interessante, apesar de pequeno e
extremamente desconhecido.
Os aliens representavam 51% da população, e eram
consideravelmente maiores que os coelhos, ficando, assim, com as melhores
árvores e os maiores ‘’pratos’’ de comida.
Eles, os aliens, eram extremamente preconceituosos e
desagradáveis, mas mantinham-se afastados fisicamente dos coelhos, por medo de
levaram as suas famosas mordidas.
Os coelhos eram extremamente de bem com a vida e possuíam um
lado – oculto – meio hippie de ver o mundo. Eles eram extremamente chocólatras -
sua genética tinha adquirido isso através das infinitas Páscoas confeccionando
milhões e milhões de ovos de chocolate -, e, por isso, eram bastante gorduchos
e extremamente bochechudos. Suas barrigas, peludas e macias, estavam sempre
estufadas de tanto comer chocolate.
Os aliens estavam sempre tentando arranjar formas de
encrencar com os coelhos, embora tivessem, na verdade, muita inveja dos
coelhos.
Um belo – nem tão belo assim – dia, os aliens tiveram uma
grande ideia.
Cobertos com folhas e escondidos em arbustos, aproximaram-se
da metade do planeta onde viviam os coelhos e ficaram gritando-lhes vários xingamentos,
do tipo: barrigudo, bucho de cachaça, pançudo, bolo fofo, bujão, bolota, saco
de banha, artéria entupida, leão marinho, chupeta de baleia, elefantino, bila
bilu, e outros nomes geniais, que mudariam o curso do Universo e acabariam com
a fome do mundo.
Os coelhos, irritados, partiram pra cima dos aliens, com
suas mordidas infernais.
Resumindo tudo, todos morreram.
Aliens, coelhos.
Todos mortos.
Aliás... QUASE todos.
Martina, uma coelhinha muito esperta e divertida, escapou
daquela confusão toda, fugindo com um amigo seu, que vivia naquele Planeta
clandestinamente - um caranguejo, chamado Zé.
E os dois partiram para a Grécia antiga, e viajaram
de tapete mágico até a Grécia Antiga, ao encontro d’O Espelho.
Quando chegaram à Grécia, tudo o que viram foram enormes
construções de pedra – muito bem arquitetados, por sinal – e MUITA areia.
Mas era um lugar bonito, onde podíamos fritar um ovo na
calçada.
Depois de observar um pouco a cidade, seguiram para um
templo muito bonito e muitíssimo alto.
Era lá, no Templo dos Grandes, Sábios e Ilustres Homens, que
se encontrava o Espelho.
Quando diante do Espelho, a pessoa/macaco/papagaio/alien/avestruz/etc,
ficava completamente purificado da hipocrisia humana/animal/extraterrestre.
Martina e Zé, diante do espelho, ficaram tão purificados que
daria até para olhar seu reflexo na alma deles.
E os dois morreram, logo depois, assassinados por um alien –
vindo de outro planeta, claro - mal amado, chamado Charles.
Mas, para o grande consolo das crianças que leem essa
história, deixo aqui registrado que tinha que ser assim, de uma forma ou de
todas.
O mundo não merecia algo tão puro.
2 comentários:
Maravilhoso conto, maravilhoso!
A ima(Gina)ção manda agradecer!
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