no infinito das estradas que ligam o passado ao futuro l contato: reginilda12@gmail.com
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
À memória de Anne Frank
A menina confinada
completamente atarefada
seus gritos não abafava,
escrevia.
Quando o pranto escorria
ou aos suásticos temia
a menina de cabelos negros
chorava tanto que nem parecia
apenas uma menina
destemida.
Atrás de tantos livros,
escondida e imersa em prosa,
a menina crescia,
numa imensa euforia;
numa confusão de dar dó.
Quando mais nada ela entendia
e tudo sabia
corria para o porão
onde à Peter se fundia
em seu próprio calor,
entregue à sua própria tentação.
Foi num dia quente ou frio
que uma legião de perdidos
os acharam.
Anne Frank
a eterna rimadora
com sua própria fumaça
virou uma das estrelas
que tanto gostava de ver.
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