segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Revirando voltas

Com tantos ''vá, gina!'' e ''rê, volta!'', eu fico confusa e volto ao fim de tudo. 
Na verdade, a palavra ''volta'' e suas contrações estão presentes nas vidas de todos nós, através do tempo, das sensações, dos sentimentos.
Quando somos crianças e gostamos de algo em alguma loja, não é incomum que nossos pais digam: ''na volta, meu filho, na volta...''. 
Quando somos adolescentes, desejamos viver en(volto)s em abraços, carinhos. 
Quando desejamos vingar algo, dizemos que tudo o que vai, volta. 
E quando estamos em um processo de re(volta), então?! ''O mundo dá voltas''...
Quando somos adultos, desejamos poder voltar no tempo.
E quando estamos mortos - ou quase isso - desejamos nunca ter deixado nada pra depois, nunca ter tido pensamentos tão ruins; apenas ter sido feliz, sem medida do impossível. Ou seja, voltar no tempo. Aproveitar tudo de novo, de forma diferente.
Agora mesmo, estou com vontade de voltar ao início deste texto e refazê-lo, da melhor forma possível.
Não o farei. 
Se em algum momento isso foi escrito dessa forma, foi porque eu quis assim. Não seria o futuro a mudar o passado; mas o contrário.
Sigamos sem volta. 
Ou, na volta, sigamos.

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