sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

À memória de Anne Frank


A menina confinada
completamente atarefada
seus gritos não abafava, 
escrevia. 

Quando o pranto escorria
ou aos suásticos temia
a menina de cabelos negros
chorava tanto que nem parecia
apenas uma menina 
destemida.

Atrás de tantos livros, 
escondida e imersa em prosa,
a menina crescia, 
numa imensa euforia;
numa confusão de dar dó.

Quando mais nada ela entendia
e tudo sabia
corria para o porão
onde à Peter se fundia
em seu próprio calor, 
entregue à sua própria tentação.

Foi num dia quente ou frio
que uma legião de perdidos
os acharam.

Anne Frank
a eterna rimadora
com sua própria fumaça 
virou uma das estrelas
que tanto gostava de ver.

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