domingo, 10 de fevereiro de 2013

A coelha gorducha e O Espelho Mágico



Há muitos e muitos anos atrás, quando a falta de edifícios gigantescos ainda permitia que víssemos o céu; em épocas em que o inverno durava séculos e o verão passava mais depressa que um trem-bala; em terras remotas e muito floridas, viviam aliens e coelhos, em uma infinita harmonia.
Vocês devem estar pensando: ‘’Ora, mas como é que ALIENS e COELHOS viviam em paz?’’, estou certa?! Pois que fiquem por isso mesmo. Essa história é minha, e minha imaginação é lei.
Mas, voltando às descrições...
Os coelhos e os aliens viviam muito bem, já que a natureza dava tudo o que eles precisavam pra esbanjar e sambar na cara da pobreza dos mundos alheios.
Era um planetazinho muito interessante, apesar de pequeno e extremamente desconhecido.
Os aliens representavam 51% da população, e eram consideravelmente maiores que os coelhos, ficando, assim, com as melhores árvores e os maiores ‘’pratos’’ de comida.
Eles, os aliens, eram extremamente preconceituosos e desagradáveis, mas mantinham-se afastados fisicamente dos coelhos, por medo de levaram as suas famosas mordidas.
Os coelhos eram extremamente de bem com a vida e possuíam um lado – oculto – meio hippie de ver o mundo. Eles eram extremamente chocólatras - sua genética tinha adquirido isso através das infinitas Páscoas confeccionando milhões e milhões de ovos de chocolate -, e, por isso, eram bastante gorduchos e extremamente bochechudos. Suas barrigas, peludas e macias, estavam sempre estufadas de tanto comer chocolate.
Os aliens estavam sempre tentando arranjar formas de encrencar com os coelhos, embora tivessem, na verdade, muita inveja dos coelhos.
Um belo – nem tão belo assim – dia, os aliens tiveram uma grande ideia.
Cobertos com folhas e escondidos em arbustos, aproximaram-se da metade do planeta onde viviam os coelhos e ficaram gritando-lhes vários xingamentos, do tipo: barrigudo, bucho de cachaça, pançudo, bolo fofo, bujão, bolota, saco de banha, artéria entupida, leão marinho, chupeta de baleia, elefantino, bila bilu, e outros nomes geniais, que mudariam o curso do Universo e acabariam com a fome do mundo.
Os coelhos, irritados, partiram pra cima dos aliens, com suas mordidas infernais.
Resumindo tudo, todos morreram.
Aliens, coelhos.  
Todos mortos.
Aliás... QUASE todos.
Martina, uma coelhinha muito esperta e divertida, escapou daquela confusão toda, fugindo com um amigo seu, que vivia naquele Planeta clandestinamente - um caranguejo, chamado Zé.
E os dois partiram para a Grécia antiga, e viajaram de tapete mágico até a Grécia Antiga, ao encontro d’O Espelho.
Quando chegaram à Grécia, tudo o que viram foram enormes construções de pedra – muito bem arquitetados, por sinal – e MUITA areia.
Mas era um lugar bonito, onde podíamos fritar um ovo na calçada.
Depois de observar um pouco a cidade, seguiram para um templo muito bonito e muitíssimo alto.
Era lá, no Templo dos Grandes, Sábios e Ilustres Homens, que se encontrava o Espelho.
Quando diante do Espelho, a pessoa/macaco/papagaio/alien/avestruz/etc, ficava completamente purificado da hipocrisia humana/animal/extraterrestre.
Martina e Zé, diante do espelho, ficaram tão purificados que daria até para olhar seu reflexo na alma deles.
E os dois morreram, logo depois, assassinados por um alien – vindo de outro planeta, claro - mal amado, chamado Charles.
Mas, para o grande consolo das crianças que leem essa história, deixo aqui registrado que tinha que ser assim, de uma forma ou de todas.
O mundo não merecia algo tão puro. 

2 comentários:

Kátia disse...

Maravilhoso conto, maravilhoso!

Unknown disse...

A ima(Gina)ção manda agradecer!