domingo, 16 de junho de 2013

please

Descalça, ando pela rua molhada
meu peito já sujo pela noite.

Não há mais ninguém como eu
o tim-tim das garrafas
cacos pelo chão
gritos saídos de bocas apodrecidas
homens perdidos.

Mais parece uma estufa
o vapor e a escuridão se unem atrás de mim
corro o mais rápido que consigo
não basta.

Estou perdida
é uma vida sem fim
olho para todos os lados
ele já está  aqui
vamos lá, beibe, 
venha até aqui!

Dedos percorrem caminhos mapiados
a frieza dos dentes
a força das unhas.

Grito
e ele não sai
de mim.


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