domingo, 10 de março de 2013

A sala estava repleta
de pessoas
vazias

E seus violões, 
sim. 
Seus violões,
apoiados em seus joelhos machucados, 
sempre com os mesmos acordes
incansáveis tons 
que nunca acabam nada
além de corações apaixonados.

E, mesmo assim,
a menina voltava à sua procura.

Despedaçada, 
todos os dias, 
todas as horas, 
à sua busca.

O via em todos os letreiros

Seus olhos estavam refletidos
no espelho de seu quarto
e ela nada conseguia ouvir
apenas sua voz
que sempre ecoava
nas paredes ocas de seu coração

Todavia, 
ela sabia, 
mais que ninguém 
que ele era o único que ocuparia esse espaço

O espaço de outra pessoa.


(Escrito em janeiro/2013)

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